ongtiO Índice de Percepção da Corrupção da ONG Transparência Internacional realizada para o fechamento do ano de 2012, mostra que as instituições públicas precisam ser mais transparentes e os funcionários, mais responsáveis. É isso que a ONG afirma com base no dado de que dois terços dos 176 países observados no ranking de 2012 registraram pontuação inferior a 50, em uma escala de zero a 100.

As pontuações referem-se à percepção da corrupção – ou seja, quão corrupto o setor público de um país é considerado. O índice combina pesquisas e avaliações de corrupção coletadas nos 176 países observados.

No ranking geral, Dinamarca, Finlândia, Nova Zelândia são os menos corruptos, com 90 pontos cada, na sequência, estão Suécia (com 88) e Cingapura (87). O relatório destaca, nos três primeiros países, o forte acesso a sistemas de informação e regras para o comportamento daqueles que estão em cargos públicos. Veja os 20 mais bem posicionados:

Posição País Nota
1 Dinamarca 90
1 Finlândia 90
1 Nova Zelândia 90
4 Suécia 88
5 Cingapura 87
6 Suíça 86
7 Austrália 85
7 Noruega 85
9 Canadá 84
9 Países Baixos 84
11 Islândia 82
12 Luxemburgo 80
13 Alemanha 79
14 Hong Kong 77
15 Barbados 76
16 Bélgica 75
17 Japão 74
17 Reino Unido 74
19 Estados Unidos 73
20 Chile 72
20 Uruguai 72

Também há empate no mais corrupto: Somália, Coréia do Norte e Afeganistão ocupam a última posição, com oito pontos cada. “Nesses países, a falta de lideranças responsáveis e instituições públicas efetivas salienta a necessidades de ter uma postura muito mais forte contra a corrupção”, afirma o relatório. Veja os 20 últimos colocados:

Posição País Nota
174 Somália 8
174 Coreia do Norte 8
174 Afeganistão 8
173 Sudão 13
172 Myanmar 15
170 Uzbequistão 17
170 Turcomenistão 17
169 Iraque 18
165 Venezuela 19
165 Haiti 19
165 Chade 19
165 Burundi 19
163 Zimbábue 20
163 Guiné Equatorial 20
160 Líbia 21
160 Laos 21
160 República Democrática do Congo 21
157 Tajiquistão 22
157 Camboja 22
157 Angola 22

Notas por região

Américas

Nas Américas, 66% dos países tiveram pontuação abaixo de 50. O destaque foi o Canadá, o primeiro colocado da região, em 9º lugar. Haiti e Venezuela ficaram com as posições mais baixas da região (165, com 19 pontos).

Na América Latina, Venezuela e Paraguai seguem como os países mais corruptos, enquanto Chile e Uruguai, com 72 pontos cada, se mantêm entre os mais transparente. O Brasil somou 43 pontos.

Ásia Pacífico

A região reúne primeiro e últimos colocados no ranking. O mais bem colocado foi a Nova Zelândia, que divide o primeiro ligar com Dinamarca e Finlândia. Os piores colocados, Afeganistão e Coréia do Norte, dividem a última posição com a Somália (cada um deles registrou oito pontos). Na região, 68% registraram uma pontuação abaixo de 50.

Europa oriental e Ásia Central

Na região, 95% dos países registrou pontuação abaixo de 50. O país mais bem colocado foi a Georgia, na 51ª posição, com 52 póntos. As últimas posições são do Turcomenistão e do Uzbequistão, no 170º lugar, com 17 pontos.

Zona do Euro e Europa Ocidental

Na Europa, onde 23% dos países registrou nota abaixo de 50, as mais bem colocadas foram Dinamarca e Finlândia, enquanto a Grécia ocupa o ponto mais baixo, com 36 pontos, na posição 94.

Oriente Médio e Norte da África

78% da região registrou notas abaixo de 50. Os mais bem colocados no ranking são Catar e Emirados árabes, com 68 pontos, na 27ª posição. O Iraque é o país que está na pior condição na região, com 18 pontos, na posição de número 169.

África sub-saariana

Na região, 90% teve pontuação abaixo de 50. Botswana foi o destaque, com 65 pontos, na 30ª posição. A Somália ocupa o último lugar, junto com Afeganistão e Coreia do Norte.
Fonte: EXAME