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A missão de Kofi Annan pode ser a última chance para evitar uma sangrenta guerra na Síria, declarou o Presidente da Rússia Dmitri Medvedev no encontro com Kofi Annan, enviado especial da ONU e da Liga Árabe. Durante dois dias, Kofi Annan debateu em Moscou os planos para regularizar a situação nesse país

Há já durante mais de um ano que no território da Síria não param manifestações antigovernamentais transformadas em choques armados. Como resultado, todos os dias morrem homens, tanto militares como civis. Segundo os dados fornecidos pela ONU, o número total das vítimas excede 8 mil. As autoridades sírias informam que combatentes bem armados mataram mais de 2 mil militares e agentes policiais da Síria.

Durante o encontro, Dmitri Medvedev expôs a Kofi Annan a atitude básica da Rússia para com a regularização do conflito.

“Apreciamos muito seus esforços. Possivelmente, é a última chance para a Síria de evitar uma guerra sangrenta. Sua missão terá um resultado positivo. E nós prestar-lhe-emos apoio e ajuda de toda a espécie”.

Em resposta, Kofi Annan agradeceu ao Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, esse apoio.

“Esperamos, como sempre, o apoio, a ajuda e os conselhos da Rússia. Dmitri Medvedev teve toda a razão, ao assinalar que nós, com a participação dum grupo de mediadores, empreenderemos esforços necessários para, afinal de contas, pôr fim a este complicado e sangrento conflito, assegurando a prestação da ajuda humanitária a quem a necessite. Para que, finalmente, nessa região se instaure a paz”.

Kofi Annan sugeriu cinco princípios básicos da regularização da crise síria: o fim da violência de todas as partes, um mecanismo imparcial de monitoramento, a inadmissibilidade da ingerência externa, acesso livre da ajuda humanitária a todos os sírios e início do diálogo político interno. O Conselho de Segurança da ONU aprovou unanimemente essas propostas do enviado especial.

Moscou, levando em consideração a posição da liderança síria, opina que a tarefa principal da missão Annan consiste, hoje, em persuadir os adversários do Presidente Bashar al-Assad a sentar-se à mesa de negociações e obter um compromisso com as autoridades.

A parte russa está convicta de que só se poderá parar a violência mediante o cessar-fogo por todas as partes do conflito e o início dum diálogo político nacional, sem qualquer ingerência externa.
Fonte: VozdaRussia